Vagamente ...


Vagamente ...

Não sou fada
Não sou bonita
Não sou capaz
Não sou controlada
Não sou boa
Não sou péssima
Não sou forte
Não sou otimista
Não sou ensolarada
Não sou quem sou hoje

Sou vagamente aquela menina
que andava descalça
Pelas ruas de barro em suspensão e na
Avenida Caxangá
No Cordeiro
Eu tinha asas,
Via, juro, meus olhos brilhantes
E ria tanto de felicidade
Dentro do peito
Eu sentia amor ali
Olhava o futuro com determinação
Que me alcançou o hoje e me fez
Conseguir tudo o que ali ela traçou ...

Mas sou aquela menina somente
Porque a chamei para ocupar
O lugar vazio deixado pela
Alma adulta que
Saiu caminhando na
Direção do pôr-do-sol
Atrás de seu amor imaginário
Busca louca
Espírito louco

No meio de imensa loucura,
Oca, eu me tornei (me senti) um nada então, e,
Por isso, clamei por aquela menina,
Ela me estendeu suas
Mãozinhas e imediatamente
Falou-me que não preciso
Ser mais nem isso, nem aquilo,
Nem tudo, nem nada, mas
Apenas estar feliz, pois
A natureza presente,
Nestes dias e noites,
Vibra também por mim ...

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Stand by me

 https://youtube.com/watch?v=oiPzU75P9FA
Ana Lã
Enviado por Ana Lã em 07/10/2017
Reeditado em 07/10/2017
Código do texto: T6135269
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