OLHOS AZULADOS
De céus adornados por luas agigantadas
Ela descerá envolta em um véu longo, cromado.
Variável noção de dar e tomar, sentidos trocados,
Mais em menos espaço.
Vazio em demasia por poucos longos outonos.
A Rainha das rédeas aleatórias, a louca dos dados.
Sua beleza é ávida pelos tons avermelhados.
Tentarás esquivar-se dos olhos azulados
Mas ao fitá-la, mesmo de soslaio,
Ela capturará os attos vestígios de seu desejo.
Em cama de flores intangíveis ela te deitará,
Ela fará desaparecer seus medos e espelhos.
Tu sentirás o corpo folgado e confortável,
Um aroma quente incitará seu coração ao voo seguro.
Em voo tu permanecerás e se e somente se, ela permitir, tu adormecerás.
E quando do meio de suas estonteantes pernas fluírem canções em louvor ao imprevisível,
Saberás que o interessante entrou em seu mundo e em seu coração.