SUPLÍCIO AO AMOR.

Numa tarde de quinta, numa metrópole.

Me movo, as engrenagens já à vapor.

Desloco e me movo deslocando.

Para encontrar um pedaço de meu amor.

Em outra pessoa, outro amor próprio.

Quando vejo ele, que surpresa, ele veio.

A pressão já abaixou, subiu, aumentou.

Parou, parou a realidade alí.

A carapaça de tímido, aguerrida.

Mostra o rito de dois desconhecidos .

À procura de um coração apenas, ou não.

Um shake, um chopp, um cinema.

Um pijama escolhido à dois.

Momentos ambíguos, ora fraternos,

Ora amorosos, mesmo com a carapaça.

Conversas, estórias, sonhos, universos.

E à procura do outro em si, é sútil.

O cinema, que momento lindo, de sonho.

Mãos que se tocam, cabeça no ombro,

Beijos roubados à vinheta.

Universos sendo compartilhados.

A carapaça da dureza já se foi.

E o filme se foi também, rááápido!!!

O tempo passou rápido, ô cérebro ruim.!

O tempo voou! E não teve turbulência.

Um sanduíche, uma pepsi com limão.

Azedo triste da vontade do sozinho.

Se o tempo pudesse ser parado, afs!

Estaria parado para sempre à dois.

Conversas, universos se colidem.

Para um, uma pessoa à mais, o outro,

O Poeta, ferve, arde, morre de ansiedade.

Quer estar junto, quer amar, quer sonhar.

Quer ser intenso, presentear, quer mostrar

Um coraçãozão, imenso, colossal.

Em seu suplício não verbal por amor.

O tempo está acabando, ele acabou.

Na hora de ir embora, faltou o abraço!

Faltou um beijo. ! Será que dá para te-los?

A conversa segue, a vida segue, o rosa;

Decai ao vermelho claro, ainda latente.

Na esperança, de se gerar o amor.

O amor...

Haje a gente sem pensar,

Faz o coração parar,

Move um índivíduo longe demais.

A áreas surreais e até banais.

De um coração apertado.

Esperançoso e agarrado

Na esperança de amar

De sonhar, de conjugar.

De amar.

Mateus Neres
Enviado por Mateus Neres em 04/08/2017
Reeditado em 04/08/2017
Código do texto: T6073739
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