Para onde vai o amor?

Quem diria que um dia,

Um dia,

Aquele amor que me fazia tão feliz,

Aquele amor que me fez inventar tantos planos,

Aquele amor que me tirou o chão,

Não passaria de uma lembrança triste?

Me pergunto, olhando a cidade pela janela do meu quarto,

Numa noite qualquer de sábado,

Em que bar você ri desse amor que eu achava tão lindo.

O nosso amor acabou.

Chegou ao fim uma das mais bonitas histórias de amor.

Assim, me questiono, para onde vai amor,

Depois que os dias bons viram saudade

E a gente começa a sentir aquele vazio no peito?

Será que ele morre asfixiado dentro da caixa de papelão

Que guarda as fotos e cartas apaixonadas?

Ou será que murcha como a rosa deixada num velho livro na estante?

Ou, ainda, será que embriaga em uma taça de vinho aqueles que não conseguem deixá-lo ir?

Ou simplesmente se esgota,

Como naquele momento em que o coração não mais acelera,

ao ignorar aquela mensagem que faria o coração parar antes.

Será que o amor é sólido,

Pois se quebra facilmente devido nossas dúvidas e receios?

Ou será que é líquido,

Podendo descer pelo ralo, levando um pouco de nós?

Ou simplesmente vai embora,

Quando a gente também não tem mais vontade de ficar?

Sou jovem demais para entender essas questões.

Meu coração de poeta é delirante.

Belinda Oliver
Enviado por Belinda Oliver em 14/07/2017
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