De alguém para o amado

Mas quem disse que dói amar?

Enviei a carta para o meu amado.

Será quando ele receberá?

Meu coração à mil está agoniado.

E quem é o destinatário das minhas linhas?

Quem será que compreende a minha sina?

Onde andas óh, meu cupido?

Se perdeu ou até tu estás iludido?

No olhar triste e descontente se encontra.

Amassei aquele papel e o lancei como uma bomba.

O alvo que ele atingir, que dane-se!

Não quero mais amar, não nesse relance.

O remetente não enviou ao destinatário;

Se ele está esperando, ficará até o infindo do atalho;

Então finja que não disse que não doía amar.

É uma imensidão de lama, sem água e sem ar.