Sou mesmo este sapato velho
Do qual divórcio... nem pensar!
Sou abraço aconchegante
contra a aridez das estradas
delícia de caminhar.


Sou mesmo teu sapato velho
e ao fundo do armário
não volto e nem vou voltar.

Fico bem aqui te espiando
zelando o teu cansar
curando os calos da existência
ajudando teu descansar...


Não vives sem mim
minha doce querida
em que pese teu desconfiar...
Pois então enfia este sapato velho
E vamos logo passear!