A voz do pensamento.
O amor é a própria loucura,
antes que o sucumba,
é a vontade oposta de não matar,
até que me leve acabar.
É no sabor dos teus beijos que me perco,
no sentimento frívolo de tê-lo
o labirinto dos teus lábios é meu exício,
tornando tudo isso em meu exílio.
Já são minhas as loucuras, nos teus pecados,
essa orgia que me leva aos poucos em pedaços,
até meus olhos por te olhar já foram comidos,
só me restando agora os restos carcomidos.
E essa pele que sobre o meu cadáver, te esquente!
O respiro que vapora no espelho em frente,
sobre esse reflexo que me deito,
que seja reciproco o amor em nosso peito.
Como se você se apoderasse de mim,
e o meu espirito me destruísse em ti,
me tirando a sua própria vida,
por essa mesma morte que nos finda.
No olhar a ver a morrer o próprio coração batendo
as artéria como o metal no fogo retorcendo
continua me persuadindo com essa comutação
É com esse amor que entrego o meu coração ao teu coração.