Essa é a história de um pescador historiador

Naquela noite fria

Em que me chamava Sofia

Eu era uma sereia

Descobridora de novos mares

Nadando nas profundezas

Cercada de incertezas

Eu ia dançando pelas correntezas

Que me levariam a algum lugar

Na superfície das águas, vejo um pescador

Um verdadeiro contador

De sorrisos alegres e de imenso coração

Um historiador dos mares e da imensidão

Ele tinha pele morena cor de praia

Pedras escuras no olhos, tímidas

Tinham as partes atrevidas

Cabelos negros levados pelo vento das águas

Meus olhos foram roubados

Por ele e foram amarrados

Com uma rede de pescar

Naquele momento, eu queria era nadar

Nas vezes em que cruzávamos

Tu brincavas de me fazer rir

Eu só estava para sorrir

Da forma que nos tratávamos

No último momento, os beijos sequestrados

O encontro das águas em nossas bocas

Maresias curtidas

E eu me sentia desencantada

Voltei para o mar

Com aquele pescador a lembrar

Minhas memórias estavam em neblinas

Partes finas

Minha boca e meu corpo se perguntavam

Quem era o pescador?

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 04/04/2017
Código do texto: T5961184
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