O navegante

Por muito tempo estive a enfrentar

Oceanos impetuosos,

Ondas bravejantes,

E imensas distâncias

Que pareciam persistir

Mesmo que milhas e milhas eu houvesse navegado.

Até que avistei teu cais e

Aportei como um marinheiro sedento

Que havia chegado ao fim da sua árdua jornada.

Pude então dançar na areia branca

Sob a luz das estrelas

E sentir teu calor me aquecer por dentro

Eu havia encontrado a ilha perfeita

Que tantos buscaram

Eu havia, enfim, te encontrado.

E enquanto estive em ti

Guardava-me,

Amava-me,

Permitia-me sonhar.

Mas ao longe uma tempestade aproximava-se

Ela urrou com seus raios e trovões

Soprou ventos que apagaram o calor que me aquecia

Teu coração, que tanto me acolhera,

Já não podia mais cuidar de mim.

Com meu veleiro em alto mar,

Irei além do

Horizonte de teu amor,

Para buscar outros mares bravios,

À procura de um outro cais.

E eu, mesmo longe,

Sempre estarei a lembrar de teu coração,

Navegando na saudade eterna que levo comigo.

Marcos Amorim
Enviado por Marcos Amorim em 31/03/2017
Reeditado em 29/08/2017
Código do texto: T5957460
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