DESEJO. Porque não?

Nos contornos da praça da cidade,

partilhando conversas ao relento

ventos sopram dando início à tempestade,

de uma vida sempiterna em pensamento.

Sintomas de uma noite de saudades,

que repousa numa cama de paixão

pedaços de uma vida em intensidade,

transmitida com amor ao coração.

Os segredos lá expostos dão por certo,

nas primeiras sintonias que hão de vir.

Com o Sol está também a exaltação,

de uma vida que estreita o porvir.

Sentenciado nos motivos do presente,

ignoro das premissas a solidão.

Muitos passos dirigidos para frente,

vão guiando-me ao desejo: porque não?