Rogo

Quando eu estiver acabrunhado

De não ter jeito, de dor no peito

Tudo no espírito for atormentado

E o perfeito coberto de imperfeito

Me tragas a linguagem das flores

Traze-me um sorriso de proveito

No mortiço, por favor mais cores

Na inspiração a poesia e o canto

Que muito já ensaiou os amores

Traze-me a tal ternura, que tanto

Nos faz acalanto, e nos embalou

Só não me deixes, aqui, só pranto!

E no espanto de que tudo acabou

Nem que seja de mentira, entretanto

Meu velho amor, siga, assim eu vou!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2016, novembro - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 15/11/2016
Reeditado em 08/11/2019
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