Palavras Perdidas
Rastros que ficaram abandonados nas areias,
Cravejados nas memórias
De uma mente que incendeia.
Um coração desprezado,
Sempre à espera, se chateia;
Aguardando um amor
Que infelizmente nunca chega;
Na solidão de sua prisão,
Vagarosamente, triste, passeia.
Almejo me encontrar
Em tantos versos sem sentido,
Tão difíceis de rimar,
Meu Universo alternativo.
E enquanto eu sofro e choro,
Inutilmente, te imploro
Que perceba a minha ausência
E não ignore a minha presença;
Há tanto amor para entregar
Arraigado em meu peito,
Que camuflou o desespero,
Rendendo-se ao silêncio.
Já que não posso amar,
Qual é o sentido de viver?
Qual é a graça da minha vida
Se não pode ser dividida?
A felicidade têm muitos caminhos,
Contextos e expectativas,
Acredito em recomeços
Presentes em cada esquina.
Um dia, possivelmente,
Encontrarei uma maneira
De aquecer o meu coração.
Mas enquanto esse momento não chega,
Sigo tentando entender o amor.
Confesso,
Sou uma leiga!
Desentendida do assunto.
Não sei o porquê disso tudo,
Busco tanta explicação...
Chega! Estou confusa,
Nem sei mais o que tanto escrevo;
Espero que me perdoe
Por essa leitura incoerente.
São apenas palavras perdidas
No território confuso
Que se tornou a minha mente.