OBMO
Oi
Eu vim aqui desabafar
Botar as coisas no lugar
Tentar ao menos te falar
Que eu sei que sou meio louca
Um tantinho paranóica
E talvez obsessiva
É que o medo me consome
E ele me destrói
Só em pensar em te perder
E mesmo quando eu, euzinha
Que sempre quis ficar sozinha
Abriu mão da solidão
Pelo teu sorriso e teu olhar
E todas essas rimas assimétricas
A saudade que me aperta
E a certeza meio incerta
De que eu me apaixonei
Pelos seus olhos tão castanhos
Seu cabelo desalinhado
Seu sorriso tão sarcástico
Pelos seus dedos tão macios
Pelo seu colo tão gentil
Sua coleçã de vinil
E sua paciência, de se admirar
E eu que tinha vários nada
Pra te oferecer, além de muito estresse
De cansaço e muitas brigas desnecessárias
Vim aqui pra te dizer
Que eu gosto muito muito de você
Vim aqui te oferecer
Esses versos mal acabados
Um tanto quanto desleixados
E até mesmo desadequados
Que seriam desacato
A verdadeiros poetistas
Como Caetano e Camões
Como Clarice e Gil Vicente
Me desculpe, minha gente
Eu não sei rimar
Se bem que eu acreditava
Não ser capaz nem de amar
Estou aqui para provar
Que tudo pode mudar
Mas a verdade, sendo sincera
É que não sei finalizar
Esse poema ou essa música
Não sei nem classificar
E a verdade, novamente
É que você não sai da minha mente
E minha loucura aparente
É porque estou meio carente
Desculpe, deve ser tão deprimente
Gostar de alguém tão decadente
Tão catastroficamente eu
Tão louca e tão chata
Tão brava e mal humorada
E tão desesperada
Com medo que você
Se canse e talvez fuja
Se bem que eu não te culparia
Eu preciso mesmo de ajuda
Mas eu juro melhorar
Desde que você jure ficar
Porque eu não aguento mais chorar
Com medo de você não me amar
Obrigada por me aguentar
E desculpe não expressar
Mas eu vou te esperar
E, eu prometo, vou te amar
Em Jundiaí, Brasíla, ou em qualquer lugar