Confidente da lua

Numa noite de céu roxo

Onde a lua se escondia

O brilho daquela menina

Fez da noite, o dia.

Apesar da bela presença

A real beleza está na solaridade dos olhos,

Na boca embebida em paixão,

No sorriso regado de ingenuidade

Que mais tarde, provaram-se não ser apenas uma miragem.

Desse poema que a mim foi apresentado

Fui desvendando aos poucos

E dos versos que li

De tecido fiz e costurei em mim.

Finalmente do vinho de seus lábios eu bebi

Das mãos, seu calor eu senti

E do seu canto eu ouvi, notas de paixão

O quanto um homem pode ser feliz? Eu me perguntei então.

Mas terá Eros se enganado?

Do poema que me foi dado,

Realmente o compreendi?

Agora versos e rimas descontentes, tecem o meu presente

Numa costura que deixa meu peito todo marcado

Provas dos teus seios afiados.

Desde o início eu já previa

Naquela noite roxa

A lua de seu esconderijo me segredava

Que a canção que não foi cantada

Recitaria coisas que você jamais imaginara.

Carlos Mayado
Enviado por Carlos Mayado em 02/09/2016
Código do texto: T5748052
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