MOÇA DA JANELA

Ao passar numa velha rua,

Vi uma moça na janela,

Numa intimidade sua,

Bem faceira que só ela.

Essa rua, na verdade,

Era mesmo uma ruela,

E tinha pouca idade,

Essa moça da janela.

Moça, não fique assim,

A olhar para o vazio,

Porque, se olha pra mim,

Eis que sinto um calafrio.

Essa moça da janela,

Parecia um turbilhão,

Com cores d’ uma aquarela,

Conquistou meu coração.

E a moça da janela,

Tão viva, entoou um canto,

Demonstrando como só ela,

Da vida, todo encanto.

Moça, não fique ao léu,

Ficar à janela te cansa,

Se tu és a Rapunzel,

Onde está a tua trança?

Jorge antonio Amaral
Enviado por Jorge antonio Amaral em 27/08/2016
Reeditado em 27/08/2016
Código do texto: T5741884
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