O Amor É Uma Tragédia (Quando Solitário)

Rabisquei em um bloco de anotações,

Nossos nomes,

Dois corações entrelaçados,

Perdidos em meio aos meus anseios

De querer-te junto a mim,

Mas você não me quis,

Dispensou meu pobre amor,

E surpreendo-me aos prantos,

Ao pensar em você,

Perco-me no desencanto

Por te querer,

Mas sem poder...

Não posso, eu juro, não consigo

Alcançar a liberdade que tanto busco!

Em vão procuro te esquecer de alguma forma,

Mas sempre acabo chorando...

Não me quiseste!

Meu amor abandonaste!

Fiquei perdida,

Estou perdida!

Sonhando, imaginando,

Rogando algo que não é meu

E nunca foi...

Esse tormento que tanto me abate,

Não impede meu coração de te desejar,

E enquanto por ti ele bate,

Vou buscando forças,

Me iludindo de que um dia irá também me amar.

Amor... Pobre triste amor!

Mais um dia se iludindo,

Embora saibas melhor do que ninguém

Que àquele a quem tanto amas,

Oferece-te desprezo,

Enquanto ficas feito bobo,

Suspirando por um beijo.

Quanto tempo mais terei que suportar

Esse sentimento mal

Que tanto me faz chorar?

Por que me obriga a sofrer desse jeito?

Carrego um carinho solitário

Que agarrou-se junto ao meu peito.

Amor, bandido amor!

Tantos anos, tantos planos,

Tanto desconsolo, tanta falta de atenção

Daquele que vivo gritando o nome em silêncio,

No buraco triste e abatido

Que está o meu coração.

Realidade descontente,

Infelicidade tão presente...

Culpa desse tal amor,

Que só trouxe a minha vida desapontamento, desamor!

Se quem amo não me ama,

E se desprezo quem me quer,

O que será do futuro

Dessa pobre e infeliz mulher?

Porventura será esse o destino que a vida me reservou ao nascer?

Amar sem ser correspondida

E em doces versos apaixonados me perder?

Juro, por tudo o que é mais sagrado, eu juro!

Se esse emaranhado de laços é tudo o que poderei ter,

Abro mão de meu inconsolável ser,

Pois se tiver que escolher entre sofrimento e morte,

Prefiro logo morrer!