Moça bonita
 
Corpo esguio, alvura no rosto;
nos ombros, cabelos escuros.
Boniteza de fazer gosto,
olhar negro um tanto inseguro.
 
Era princesa e era rainha.
Sua voz no fundo sussurra,

a lembrar que por ela eu tinha
no peito um leão que ainda urra.
 
Foi-se um dia a moça bonita...
Fez-se vazio o meu castelo,
só restou na minha alma aflita
um estrago sem paralelo.


_______
 
N. do A. – Na ilustração, Rapsódia Branca de Pino Daeni (Itália, 1939 - EUA, 2010).
João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 13/07/2016
Reeditado em 23/04/2021
Código do texto: T5697010
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.