Noites de junho
Lá no céu de junho gelado,
balões flertavam as estrelas.
Cá embaixo, ao te ver no tablado,
meus olhos lançavam centelhas.
Mãos na cintura, sapatilha,
tranças e um vestido de chita:
na dança da nossa quadrilha,
eras a dama mais bonita.
A cena que eu relembro agora,
nesta calma noite de junho,
com saudade da outra, de outrora,
foi do nosso amor o rascunho:
Tomo tuas mãos e ofereço
a maçã do amor para dois
e selo por fim o começo,
roubando-te um beijo depois.
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balões flertavam as estrelas.
Cá embaixo, ao te ver no tablado,
meus olhos lançavam centelhas.
Mãos na cintura, sapatilha,
tranças e um vestido de chita:
na dança da nossa quadrilha,
eras a dama mais bonita.
A cena que eu relembro agora,
nesta calma noite de junho,
com saudade da outra, de outrora,
foi do nosso amor o rascunho:
Tomo tuas mãos e ofereço
a maçã do amor para dois
e selo por fim o começo,
roubando-te um beijo depois.
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N. do A. 1 – Na ilustração, São João de Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 1897-1976).
N. do A. 2 – Poesia publicada no suplemento junino da revista eisFluências – Junho de 2016 – Ano VI – Número XVI (http://www.carmovasconcelos-fenix.org/revista/eisFluencias/41-JUN16/eisFluencias_Jun_2016_6_41-15A.htm).
N. do A. 2 – Poesia publicada no suplemento junino da revista eisFluências – Junho de 2016 – Ano VI – Número XVI (http://www.carmovasconcelos-fenix.org/revista/eisFluencias/41-JUN16/eisFluencias_Jun_2016_6_41-15A.htm).