PERDI O VOO!

Como eu desejei, e intentei, quis o seu amor, viver esse carinho.
Quando lhe vi, exclamei! Para mim mesmo,existem anjas, bradei!
Quis, alma em festa, voar com suas asas, para aonde você fosse.
Quis, intencionalmente, que o seu coração,fosse reflexos do meu,
Pois, o meu coração, apaixonadamente,fez-se amor por nós dois!
Não refiro-me a alma gêmea, refiro-me, ao amor companheirismo.
Amizade lírica afetuosa afeição, vivas aspirações a criarem  laços.
Desejei,sim, pousar ao seu lado,para que pudéssemos voar juntos.
Hoje, contudo,esses dias ficaram fragmentados vazios e sem ecos.

Sabe? Eu só desejei eu e você em nossas vidas,nossos caminhos.
Não sei asseverar, se era propósito,o seu amor, se havia esquinas.
Mas, o meu amor, sim, era desígnio,  desejo, vontade,volúpia,sina!
Minhas inquietações depositaram os meus sonhos, em suas mãos.
Sofri e conjuguei os verbos no tempo presente, pessoa do singular
E objetivei não macular esse amor com minhas queixas e mágoas!
Não arqueei meus ombros sobre culpas, apenas carreguei o fardo!
Guardo na alma as fotografias do tempo em que houvera felicidade
Reabilitarei um dia meu coração e vou caminhar num novo amanhã.

Existem enredos, algo na nossa vida que por si só não se explicam.
Lhe amei, senti afeição,  queria viver essa aliança, ser esse cupido!
Fica para depois havia uma ponte, e ainda não sei como atravessar...
Contudo, amei, amei sem olvidar,e deixei o meu coração com você!
Eternizei esse querer com ternura límpida, sincero amor verdadeiro.
Houveram noites, não foram iguais, nem poucas, contudo, intensas!
Gritei, bradei...,desesperadamente, pelo seu nome, exaustivamente,
Renata! Porém o eco aos meus ouvidos fora silêncio, fora saudades...
E, a cada amanhecer, ilhado nesse amor, me deparei com a solidão.
Albérico Silva