M A T E I ...

Ela só sabia me enganar, me trair ...

Nunca valorizou os meus sentimentos...

Nunca olhou para trás para ver de onde veio ...

A falsidade impetrava na sua vida ...

Eu a amava, como um cego, um louco ...

Deixei me envolver, deixei me levar ...

Fiquei sem saída, fiquei se saber o que fazer ...

Virei um zumbi, não vivia, vegetava ...

Não sabia nem queria enxergar onde era a saída ...

E cada vez mais eu me adentrava na lama ...

Na podridão de um falso amor ...

Perdí a razão, perdi os amigos ...

Perdi uma parte da minha vida ...

Mas lá no fundo do meu coração, existe ainda um DEUS !

E foi Nêle que eu depositei o que restava de mim ...

Aos poucos eu me reergui ...

Aos poucos eu fui me levantando para uma outra vida ...

Aos poucos eu voltei a ser gente ...

Aos poucos eu voltei a me dar valor ...

Reuní todas as minhas fôrças e matei ...

Matei aquele aquele maldito amor ...

Aquele amor desgraçado que quase me aniquilou ...

Mas eu não sou o culpado ...

Eu apenas acabei com a dor da minha alma ...

Eu apenas me livrei de quem nunca me amou ...

Mesmo com DEUS dentro do meu coração ...

Eu sei que fiz o certo ...

Matei ...

E não me arrependo desse crime ...

Apenas ... Matei ...

Manaus, 20 de maio de 2016.

Marcos Antonio Costa da Silva