Acorde

Acorde, já não suporto teu duradouro sono
Estou só, ando sem direção, não consigo afastá-lo
Da vida dos meus prantos, pois já não existo nem vivo
Embora tenha em mim um coração que ame tanto
 
Foge-me as palavras desde que dormi o sono dos mortos
E acordei entre os pesadelos dos vivos por não ver você
Suas portas e janelas foram fechadas para mim, num
Desapreço de total ingratidão e acepção.
 
Acorde, mesmo que seja para outra o teu sentir
O teu amor e as tuas preocupações, viva, mesmo
Que não seja para mim ou por mim, eu suporto
Desde que esteja feliz...
 
Estou desprovida de palavras, aquelas que derramei
Como cachoeira aos teus pés, querendo a qualquer
Custo teu amor, tirando sua liberdade de escolha
Meu amor nunca mudou, nem minha espera cessou.
 
As rimas me faltam, não encontro mais palavras
Além destas: te amo como ninguém te amou.