Mãe
De tanto amor, teu coração gasta,
Suspirando pelo teu ventre rejuvenescido,
Uma santa de aura pura e tão casta
Com este carinho que me tens consentido!
Ainda me lembro daquela melodia,
Que a senhora risonha apenas cantarolava
E eu assim molemente adormecia
Enquanto no berço tua mão me balouçava
Quanta ternura haveria em teu olhar
Essa tua luz dos céus tão resplandecente,
Com o sorriso acalentava esse amar,
Fitando-me no teu carinho incandescente!
Mas minha cisma era tornar-te eterna,
Juntá-la a esse meu peito tão empobrecido,
Ter nas tuas mãos a sensação materna
Que jamais em vida poderá ser esquecido!