Enleio

Não estudei ainda o código

de amor.

Inventar não posso.

Falar, não sei.

Balbuciar, não ouso.

Fico de olhos baixos

espiando, no chão, a formiga.

Você sentada na cadeira de palhinha.

Se ao menos você ficasse aí nessa posição

perfeitamente imóvel, como está,

uns quinze anos(só isso)

então eu diria:

Eu te amo.

Por enquanto sou apenas o menino

diante da mulher que não percebe nada.

Será que você não entende, será que você é burra?