CINEMA DE FELLINI
Nas tardes de março, sempre havia uma coloração rubescente
que se formava na concha azul do indessacralizável firmamento...
Ela no espaço urbanizado, em sua ( h ) ino/cência cotidianidade
rasgava a avenida dos insanos e famélicos olhares.
Outrossim, carregava no sorriso,
o título que se dá à moça eleita entre as mais belas.
Dotada de características e por vezes imaginária,algo que sugere
ou provoca, a entrada de ar nos pulmões, inspiradora !
Impregnando nos homens t(r) emores rápidos e involuntários
em consequência da sua majestática e eruptiva aparição passagem.
Seus cabelos, como velas ao vento, brincavam odisséias
no seu rosto velado/exposto/íncognito/ e agradavelmente descortinado...
Alguns dos homens , meros mortais, fixos na perenidade do instante...
Como se o pensamento fosse embarcações sem rotas
levadas em ondas radiotelegráficas,
vibrações e radar,
para o apogeu da detecção única ,
o pulso refletido
frenético e sereno,
agitado em calmaria
pelo objeto desejado, encantadoramente indecifrável,
drummondianamente claro enigma : mulher.