Caprice de Torturas

Se ganhasse uma carona daquelas

que beiram o mar, que rasgam o céu

tentaria as cócegas, espasmos em dedos

colocaria o politeftalato de etileno

ao chão

Seus fluídos lacrimais

tendem a por o ciclo kardecista

em jogo, as ondas, correntezas

muito menos o parque do fogo

estariam sem turistas

O endereço não era tão longe

mas trocaria os meus ossos

ou mudaria alguns botões

pra irmãs estarem bem longe, pro Japão

Então o teatro grego

as filarmônicas ações de guarda chuva

em sonetos, Caprice de torturas

as pálpebras recebem mares

Batimentos cardíacos

o desfoque de mil degraus

vejo bandeiras, vejo um gorila

depois formigas, o vento

outros o vinho.

Douglas De Carvalho
Enviado por Douglas De Carvalho em 07/03/2016
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