As borboletas voltaram,
não apenas a fazer cócegas no estômago, 
mas tomando posse de todo meu corpo,
quando teus olhos batem nos meus.
O teu andar displicente, descontraído,
faz minha alma querer andar ao lado da tua,
com a segurança que ela me dá
Sinto-me plainando, como asas livremente voando,
dos meus braços para teus braços grandes,
no teu abraço do tamanho do mundo.
As borboletas estão de volta,
fazendo-me sorrir com teu sorriso reciproco,
embalando-me no mesmo querer que o teu.
E, como as borboletas, todos os dias voo até ti, 
para fazermos o dia mais colorido, 
na ansiedade de tocar-nos, 
na cumplicidade de querer-nos.
É, as borboletas nos fazem um favor, 
nos fazem voar um para o outro, 
todos os dias, na mesma hora, 
no mesmo voo,
no mesmo querer.