O PRIMEIRO AMOR

Doce e inocente é o primeiro amor

É quando fazemos promessas veemente

Vemos a pujança do que se sente

Sentimos a completa beleza da flor

Não conhecemos ainda os mistérios da dor

A profundidade do dissabor

Nem as decepções do desamor

É quando tudo é poesia

O mundo é colorido

O vento embala nossos sonhos

Tristeza, pesadelos medonhos

Nem sequer pra nós existe

É a descoberta do amor

Inocente e doce é o primeiro amor

É quando andar de mãos dadas

E olhar firme nos olhos um do outro

Nos dá a certeza do amor eterno

De que se é único nesse coração

Que quer sair pela boca

Que bate descompassado

Que pede perdão e não se faz de rogado

Que chora por qualquer coisa

E sente ciúmes de tudo

E briga com o mundo

É faz planos absurdos

E se entrega sem reservas

Se descobrindo para o amor

Inocente é o primeiro amor

Que só conhece a verdade

Que busca a tal liberdade

Que tem a beleza de amar

Amar como se quis

Doce é o amor

Que é só meiguice e carinho

Que segue por seu caminho

Rumo ao desconhecido

Sem medo de ser feliz

Inocente, doce e inconsequente

É o primeiro amor

Que nos leva a quebrar a cara

E pedir para voltar pra casa

Com o peito cheio de dor

E na mochila quase vazia

A certeza de que na vida

O que vale a pena mesmo...

É o amor.