O POEMA DOS IMPERDIDOS (SUZANA)

O perfume dela eu mastigo e tem gosto de cereja em mel.

O cheiro do seu cabelo é macio semelhante ao lençol virgem.

Seu andado faz relâmpagos arrepiarem minha mente.

Sua voz é Pera de suculência fresca que me lava o corpo dorido.

Sua beleza lembra o gosto do azul das pétalas róseas em novembro.

Sua voz faz as cores do arco de Deus serem palpáveis.

Eu como sua beleza de ervas em açucares.

Eu bebo sua imagem na minha mente, eu respiro o perfume de seu nome.

Ela é uma cor que me lembra a formosura do ipê.

Sua pele é sedosa semelhante o âmbar escorrendo entre meus dedos.

Eu mergulho profundo na sua lembrança que me possui.

Ela tem gosto de manga madura e doce, seu rosto eu toco com os pensamentos.

Eu bebo cada letra do seu nome e cada letra tem um gosto de várias maçãs e beterrabas com juá.

Eu leio seus pensamentos e sei que fico louco vendo anjos ao seu redor.

Mastigo na minha mente o cheiro de sua roupa tão delicada que ela é.

Eu como a letra “s” e tem gosto de bolo de chocolate.

Eu mastigo a letra “u” e tem gosto de goiaba bem docinho da quitanda.

Eu bebo com doçura a letra “z” nas minhas veias sinto o vibrar das células a dançarem ao som dos prólogos amores.

Eu toco com brandura o cristal da letra “a” e vejo o reflexo das fadas a cantarem em plena manhã de outono.

Eu me visto por inteiro da letra “n” e me embriago na elegância do céu formoso dos anjos amigos.

Deus eu sinto, ao beber o vinho nobre da letra “a” eu vejo sonetos a voarem ao redor da igreja, e cada um tem brasas de fogo que me queimam o coração dilacerado ó Sandy.

Eu me banqueteio ao sabor amargo das palavras que me consomem.... Tenho medo da noite de eternas almas, a vagarem rumo ao precipício da cama em sabores dos imaculados desejos.

Eu vejo as letras coloridas e elas dançam vivas e em vãs poetisas que morrem em julho.

Pobre dos famintos de um adeus....

Alegres são os casados.

Felizes são as noivas...

Eterna são as alianças de Crisólito..., minhas irmãs.

Bela mulher, não tenha medo.

Olhe, sua alma brilha.

Seus olhos são ouro purificado no fogo.

Não busque a solidão bela mulher...

..., encontre a verdade nos carinhos.

Você tem valor senhorita, mas precisa sorrir...

..., sorria bela “S” não tenha medo de ser imortal.

Não tenha receios com sua beleza...

..., não és inferior aos anjos.

Os anjos percebem que és linda.

Cheio de pérolas é teu sorriso.

Mulher de sorriso meigo..., garota de mansidão, eu tenho paz em ti.

Veja bela senhorita!

Os céus se abrem...

..., e deles voaremos aos sete Paraísos do amor.

Aos sete reinos da paixão...

..., quando ressuscitarmos será um privilegio dormir ao teu lado.

Eu não sei dizer poemas..., mas, venha, juntos colheremos flores que não murcham.

Venha “S” venha!

E acordaremos pertinho dos deuses...

..., os mesmos deuses que guiaram os espíritos em um lacrimejante existir.

Os deuses dos imperfeitos...

..., os deuses eu, e, ti.

Minha bela “S” minha bela Sandy...

Minha musa, santa da igreja, santa de meus suspiros...

..., Deus tenha misericórdia dos tristes.

O rapaz um dia será feliz?

Tenham esperança...

O céu sempre será singelo...

..., e nosso amor, caridoso.