Mesmo que não a Venere

Erigidos de uma saudade desconhecida que nos saudava na luz de estrelas que distantes e frias brilhavam na escuridão...
Vasculhei os mistérios do firmamento e criei um idioma feito de sonhos e escondidas esperanças...
E assim conversei com a solidão.
E quando voltei meus olhos para a terra e vi meus pés estagnados na estrada eu era tão somente paginas amareladas pelo tempo, livros e mais livros onde a mocinha amava, e eu, distraído, apenas conjecturava, pois a distância sempre foi, em nosso amor, a dolorosa chaga...(?)
Mas se há destino, ele é travesso como menino, como transformar em lenda as linhas preditas, tudo o que nasceu pra ser inteiro mesmo que separado?
Nunca importou as léguas que separam nossos lados, sempre rompemos o impossível e como corações alados buscamos o mesmo céu... Sem fronteiras e sem temores!
Não há destino? Diga isso aos braços calorosos de Atom que se derramam na escuridão para iluminar seu olhar, seja para me paralisar na luz de tua retina, ou me curvar a coluna na sua astúcia de teimosa e cruel menina!
Já não entro em batalha contra o que me vence antes que eu erga minha espada...
Rendo-me a parte amada!
Mesmo que seja ela, de meus sonhos, uma fria imagem pálida!
E se um dia vier a noite dos amantes morrer na luz de outros amores, que a raiva envenene as ninfas, pois do altar de meu coração és a santa!
Nada te antecede e amor algum te precede!
Porque eu sou todo o amor que sou capaz de suportar, tudo o que posso ofertar a ti!
Mesmo que impaciente eu não pare de viver para te venerar!
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 23/11/2015
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