O Canto do Menestrel

Quero cantar-te na lira febril e enternecida

Mulher louca que a minha vista te deslumbras

Inúmera e linda.

Porque quero esta voz povoada de presenças

Perfeita escultura das tardes

De noite imensa.

Tua beleza é como o balsamo do verso

Rimando paz e sentimento,

Tu que anseias ,por quem renovo

O cansado alento.

Tal êxtase te invade e enlanguidesce

Formosura, quando o belo povoa,

Quando a luz ri , aquece.

Quero alegrar-me como um deus

E esquecer que um dia tolo

Inventou o vão adeus

Ao som dos lábios teus!

Minha musa numerosa

Povoada das mais belas,

Entre as lindas,as mais lindas.

Do céu azul as cidadelas

Os monumentos celestes

Que trafegam sobre a terra

Vem adormentar seu halito

Na chama pura desta guerra.

As morenas de Estambul,

As pomposas holandesas,

As pecadoras sem tabu,

As artísticas princesas,

Almas boas entre as boas,

Corações de amor real

Destas que tem folia lírica

Quando se extingue o carnaval.

As surfistas esculturosas

As praieiras desejosas

E a videira em flor,

Por amar o belo verso

As belezas do universo

Querem todas meu amor.