MUSA

MUSA

Oh! Musa das musas

Que me fizeste escravo

De sentimentos puros.

De todas

Os encantos de poetas,

E poetas em todas as eras,

Lúbricas, como se priscas fossem.

A circulação sanguínea

Pulsando em devaneio:

Permanentes ondulações

Que serpenteiam

Em visão de luxúria

Em sete véus esvoaçantes.

Uma eterna

Paixão monogâmica:

Num tempo de leviandade

Com fisga sem visgo.

Os cânticos dos cânticos de Salomão

“Eis que é formosa, meu amor, eis que é formosa;"...

No presente,

No futuro presente

Haverá de perpetuar.

Belo Horizonte, 11 de setembro de 2015- Atalir Ávila de Souza

(53 anos e 84 dias de casado)

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 17/09/2015
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