Forasteiro
Caminho sem paradeiro,
Em busca de mim,
De nós,
"...sem lenço, sem documento..."
Vendo Deus em cada palmo.
Sou passivo e calmo,
Estendo a mão,
Vez em quando a sede me domina,
Dou um passo, bebo música.
Não é daqui de onde vim,
Não é aqui o meu lugar,
Vêem em mim justiceiro,
Muitas vezes um bandido,
Mas sempre humilde.
Não sei pra onde vou,
Nem aqui é que é meu lugar,
Eu vou levando a poesia,
Vou gritando em peito aberto,
Forasteiro de mim.