...e o que ficou?

E o que ficou?

Perguntaria ao tempo, ao vento, ao alento

O que ficou?

De tantas idas e voltas, vistas e não vistas

O que ficou?

Tantas andanças, horas, minutos e segundos

O que ficou?

Das mais de mil, seiscentas e quarenta horas...

O que ficou?

Três mil, setecentos e oitenta quilômetros

O que ficou?

Das chuvas e Sóis, ventos.

Alegrias? Poucas...

Mas o que ficou?

Ficou a lembrança da luta, buscar o que se quer

Ainda que assim mesmo, o buscado não fora alcançado

A certeza de dever cumprido, apesar de tudo

Das conquistas à volta, somente em volta

No que parecia impossível se tornar real

E o óbvio tornar-se impossível

Perdi o que realmente busquei

Mas também ganhei, muito!

E este é o momento de reflexão, reinvenção

Hora de dizer “adeus”

Mas o que ficou?

O que tem pra hoje e sempre é saudade, muita saudade!

Saudade das horas ao outro lado da linha

Das promessas ao vento

E dos sonhos não realizados, do “beiçudinho” que ia chegar

Do único e tímido abraço

E como uma semente plantada, da árvore que não vingou

O lugar vazio, deixado no chão, abandonado

O tronco que morreu, e cujas folhas secas

Destinar-se-ão, quem sabe, uma nova plantinha

E o que ficou?

Ficou saudade! Muita Saudade!

Paulo Farias
Enviado por Paulo Farias em 27/08/2015
Reeditado em 27/08/2015
Código do texto: T5360667
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