O SILÊNCIO

O som do silêncio que me invade, que atordoa, machuca e até magôa, que assombra e assusta.

E na busca não encontra,

Quem na fuga do Amor,

Deixa as marcas do clamor pelo Silêncio.

A voz que fala e se cala,

As vezes fere tanto como a bala do revolver,

Que acerta órgãos e vísceras, músculos e ossos;

Deixa verdadeiros destroços;

Não tanto como o Silêncio que se aprofunda pela alma,

E dilacera o coração de quem Ama.

A voz contida na garganta,

Dá um nó que dói no peito,

É mesmo assim,

Bem desse jeito!

Que não tem jeito,

Enfim; pra alguns é um defeito,

Ou até imperfeito.

Que dor, que peito?

É isso mesmo diz o despeito;

Porque o único jeito é o Silêncio,

Que abafa, esconde e maltrata;

Com tudo não acaba o Amor,

Que mesmo escondido só maltrata

O coração de quem Ama.

Porém se dói:

Azar, não é no meu;

Quem mandou Amar o que não é seu;

Problema se não escolheu!

A dor é sua e nem sei se continua;

O silêncio é o que importa,

Porque assim não bate mais a Porta,

Que fechada nem se importa, se bateu, gritou ou morreu.

Há o Silêncio

Mestre Wilton
Enviado por Mestre Wilton em 02/06/2015
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