O SILÊNCIO
O som do silêncio que me invade, que atordoa, machuca e até magôa, que assombra e assusta.
E na busca não encontra,
Quem na fuga do Amor,
Deixa as marcas do clamor pelo Silêncio.
A voz que fala e se cala,
As vezes fere tanto como a bala do revolver,
Que acerta órgãos e vísceras, músculos e ossos;
Deixa verdadeiros destroços;
Não tanto como o Silêncio que se aprofunda pela alma,
E dilacera o coração de quem Ama.
A voz contida na garganta,
Dá um nó que dói no peito,
É mesmo assim,
Bem desse jeito!
Que não tem jeito,
Enfim; pra alguns é um defeito,
Ou até imperfeito.
Que dor, que peito?
É isso mesmo diz o despeito;
Porque o único jeito é o Silêncio,
Que abafa, esconde e maltrata;
Com tudo não acaba o Amor,
Que mesmo escondido só maltrata
O coração de quem Ama.
Porém se dói:
Azar, não é no meu;
Quem mandou Amar o que não é seu;
Problema se não escolheu!
A dor é sua e nem sei se continua;
O silêncio é o que importa,
Porque assim não bate mais a Porta,
Que fechada nem se importa, se bateu, gritou ou morreu.
Há o Silêncio