ORTODOXIA DE AMAR
Fui teu templo e teu sacrilégio
Fui tua carne e tua religião
Fui teu temporal atemporal
Fui a estrela a brilhar no ocaso
Aquele céu que neblina se foi
Entoando o canto de amar.
Fui como o vento
Que passa e vai derrubando o tudo
Para do nada construir o todo.
Fui o que foi e o que será
E sou o que fui e o que virá
Sou a saudade que vai e volta
Reflexiva na torpe e indolente
Ortodoxia de te amar.