Solitariamente á amar.
A onda do mar, no eterno vai e vem,
Apaga a escrita de seu nome na areia,
A chuva serena e fria,
Esconde os rastros na trilha,
A brisa sussurrando baixinho,
Cochicha seu nome por todo lugar,
E o vento correndo incansável,
Muda as dunas de lugar,
Aprendi que nesta vida tudo se transforma,
Tudo acaba e se renova,
Menos meu sentimento por você,
Que se transformou em um espectro,
Uma imagem no horizonte,
A resplandecer,
Criando a ilusão da vida,
Quanto mais ando em sua direção,
Mais longe de mim,
Você passa a ficar,
Vou olhando, e seu reflexo no espelho,
Presente imaterialmente,
Impossível de abraçar,
E só eu fico nesta deriva,
De solitariamente amar.