Liberdade Ainda Que Tardia (A Morte do Poeta)

E a história se repete.

Neste ano que se inicia.

Aprisionado pelo amor negado.

Liberdade ainda que tardia.

Sinto-me preso, entrelaçado.

Na tua teia que me angustia.

Quiça teu amor de verdade fosse.

Liberdade ainda que tardia.

Vivo tempo em desespero intermináveis.

A escrever versos que te não convencia.

Suplicando teus beijos, teus abraços.

Liberdade ainda que tardia.

Tocar teu corpo inteiro com minha boca.

Envolver-te em meus infinitos delírios.

Não me evites, antes que eu morra.

Liberdade ainda que tardia.

E agora, que meu tempo se finda.

Moribundo eu na cama jazia.

Chorando diz que me ama e meu rosto acaricia.

Enfim liberdade, ainda que tardia.

Antonio Candido Nascimento
Enviado por Antonio Candido Nascimento em 04/01/2015
Reeditado em 22/04/2016
Código do texto: T5090831
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