TEUS OLHOS
Quando teus olhos se viam perdidos
Tentavam-lhe encontrar
Nas muralhas do pensamento
Que as águias astutas voavam
Sobre a terra bruta,
Quando teus olhos miravam
O infinito eu te dava um beijo
No seu finito escondido.
Quando as uvas eram maduras
Te via com tanta sede e amargura,
O que aconteceu naquele templo
Dos olhos do meu moreno
Que se pudesse entrava em seu terreno
Afagaria seus cabelos negros
E lhe aconchegaria nos meus braços
Lhe entregando suave nos planos
Do tempo acampado nos verdes
Campos da esperança, olhando
firmes e te dissesse
Que já fomos reis e hoje somos
Um dia por vez...