QUEM EU SOU DE VERDADE?

Sinto-me como muitas mulheres em uma só

E acho que isso me torna um pouco promíscua,

Eu bebo água pura e água ardente

E me assanho facilmente quando me

Sopram o pescoço, daí me sobra tanto pensamento

Malicioso, vou corar em frente ao espelho e rir,

Dos erros que insisto em segredar a quem

Menos merece confiança.

Podem tocar Cartola no meu enterro,

Pra que vocês tenham mesmo a certeza que devem chorar,

E devo partir só, porque só cheguei até aqui.

E só cheguei até aqui para me conhecer melhor,

E no fim de tudo, nem mesmo consegui.

Busco autoconhecimento,

Tenho medo de ser feliz pra sempre,

De ter sempre aquele sorriso nos lábios,

De não ter a alegria de chorar pelo meu semelhante,

E semelhante a isso minha alegria é controversa,

Eu não sou tão previsível, como previram.

Programei tantos romances e quando vira fato

De fato não me surpreendem

Porque começo a amar o que vejo,

E quando o encargo é da imaginação, não dá pra fluir.

Mas meu telefone vai tocar muitas vezes ainda,

E é tua voz que quero ouvir

Sempre pensei que escrever

É como imprimir os pensamentos,

Só que sempre fica faltando alguma coisa,

Procuro ser fiel aos meus sentimentos,

Mais falta coragem pra exprimir quem

Eu sou de verdade, num mero poema

que nem se quer, fala de amor,

Anna Lima
Enviado por Anna Lima em 31/10/2014
Reeditado em 31/10/2014
Código do texto: T5018508
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