Devora-me que te Decifro

Sinto desprender-me da alma

O quão desconforto e aflição tal impressão me causa

A paixão queima o coração, enforca a coragem

Os que padecem do medo da incerteza

Engasgam nas salivas dos beijos ainda desconhecidos

Na incerteza do mar do amar e no torpôr do amor

Desses que se escoram, usuários antropófagos

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Esta impressão hostil,

Esta felicidade que me abrasa completo minha entidade

Agrada-me e assusta-me.

Sonho de um utópico desejo

Banhado ao gozo da felicidade

É tentador demais o jogo imposto

E desde juvenil padeço deste sestro

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Agracei-me, Oh Imaculados Seres Galácticos

Gigantescas Nebulosas Atemporais de Gracejo à Afrodite

Protejam-me, pois adentrarei nas brumas dos enlaços

A qual sempre fui frágil derrotado.

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No final a sina persiste eternamente

Devoram-me para decifrarem-me

E me sinto nu, jogado num canto

Sujo e esquecido, e com a alma ensombrada

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No final, nem por ela mesma comiserasse

E como esperar que vós aceiteis tal gesto feminil

Em um corpo másculo, a alma doce encontra um lar às avessas

E se temer não ser amado...

... que comece a amar a si mesmo!