Soneto de despedida.

A caneta a pena e o nanquim,

A mão tremula, a incerteza,

O medo do fim,

As recordações,

Os momentos vividos,

As alegrias divididas, as alegrias,

O amor em pura essência,

O calor do abraço, o beijo molhado,

Os olhos a encontrar,

O brilho do seu olhar,

A suavidade de sua pele,

O pulsar do seu coração,

Uma primavera vivida em meu coração,

Mas este outono que não passa,

O inverno me ameaça,

De sozinho o frio enfrentar,

Me sinto numa tristeza,

A revolta da incerteza, de não saber,

Que realmente você,

Possa um dia me amar,

E isso me assola, me aflige e me devora,

Saber que com outro esta,

Pois há tanto tempo persisto,

Resisto e insisto,

Em você comigo ficar,

Mas sua indiferença me machuca,

Suas desculpas e mentiras,

São laminas a minha pele cortar,

Te dei meu melhor em minha vida,

Não possuo mais nada nas mãos,

Além da vontade de te abraçar,

Mas às vezes a vida é assim,

O destino se encarrega do fim,

Pois nesta vida não podemos,

Juntos ficar,

Essa vivência levo comigo,

Dentro do peito um sentimento,

E na lembrança sua imagem a me amar,

Pois a recordação será nossa eterna cama,

Aonde nos dois apaixonados,

Iremos nos encontrar,

Amar-te-ei neste palco da ilusão,

Porque na vida real,

Você já tem um dono,

Que governa seu coração,

Então me despeço com pesar,

E viverei com a vontade imensa,

De com você ficar...