Sátira de um Poeta

A cada por do sol, a mesma nódoa social,

No azul do céu de cada dia a mais perfeita ilusão.

Estrelas que não existem, brilham no infinito astral,

Homem perfeito... Perfeito verme em profanação.

Sonhos perdidos, perdidos na solidão,

No abismo da vida a mais rica alma em despedida,

Aqueles sonhos em desolação, sonhos bonitos que vêem e que vão.

As belas palavras, cânticos da alma tocados em arcaica lira.

Amores perdidos... Oh! Amor dilacerado em paixão.

Juras eternas, gélidas e pálidas.

Vermes que amam, amam sem coração.

Amor corpóreo, palavras falsas e insensatas...

Ainda há uma esperança!

Então por que gemes poeta?

Por ter no peito um amor sincero como de uma criança.

Ainda há uma esperança!

Então por que gemes poeta?

Por amar uma donzela que no peito não me ama.

Mas Ainda há uma esperança!

Então por que gemes poeta?

Por recordar que tudo passou e o que resta é singela lembrança.

Fernando Mendonça
Enviado por Fernando Mendonça em 29/08/2014
Código do texto: T4941589
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