Quando o amor inexiste, os sonhos acabam

A noite chega, o instinto natural se assusta

leva o conforto dos maturos pensamentos

a se sentirem distantes dos sonhos da vida.

O corpo cansado, se estira, pouco à vontade

na cama, adormece, nem nota os olhos se fecharem

trai a mente, se cala, as fantasias se abrem

os sonhos penetram, voam, cabeça viaja.

Pensamentos infundados

trabalham acanhados

os olhos desviam do foco

o espelho aberto à sua frente

sente um vazio no coração.

A noite não pode fazer muito pela vida

a não ser implantar dentro da cabeça

uma saudade cumprida com gosto particular.

O coração pode até reagir

pensar no absurdo de uma dor

ligado ao sofrimento romântico

encravado, na quimera, do amor esquecido.

Calados, os sonhos se dilatam

viajam à procura de sabedoria

empacam na alegria presente do amor

distorcem os meios carregados de vida

pedem, como se inocentes fossem, um pouco de esperteza.

Cada momento vivido nos meios das fantasias

os sonhos são disputados, precisam ser diferentes

para poder abrir caminhos especiais, desejados

e o amor, não se torne, presença difícil no coração.

Quando o amor inexiste, os sonhos acabam.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 30/07/2014
Reeditado em 30/07/2014
Código do texto: T4902230
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