O NOSSO ESTRANHO CASO DE AMOR.

É etéreo porem até desnecessário o teu corpo sobrepor o meu, já que nada nos separa nem nos decompõe, e as nossas próprias lembranças nos dispõem, e que nos inspira no Amor. Sinto como também consinto que a tua natureza tão interior, venha me impregnar com o teu cheiro, que em mim ainda permanece por inteiro, nessa mesma razão, que não vai me afastar do desejo dessa união, que continua a me abrasar.

Interligo a nossa harmonia com uma contemplação de si mesmo, em uma luz sem forma e que me domina, quando reconheço que estamos atados ao mesmo elo, que jamais se quebra, e que nunca termina. Nessa história, nessa mensagem escrita em papel especial, fluido em emoções, em um grau invisível e atemporal, e incapaz de ser apagada dos nossos corações.

Essa que é uma mensagem relacional, nesse nosso estranho caso de Amor racional, sempre com uma produção referencial de luz, na razão direta da nossa união. É certo que somos uma bilateralidade imperceptível, ou mesmo uma introdução de sensibilidade desmedida, descabida, uma resistência que se fez morada em nossa convicção, por uma sensível comunicação tão intima.

Somos duas luzes, geradas pela nossa própria luz, somos puramente desenhados e esculpidos para gozar a nossa felicidade, e nada nos conduz, sem uma restituição do julgo da nossa vontade, que nos açoda ao silogismo, e que também continuará nos unindo no pretérito, nessa partilha de vibração, de harmonia em conjunção, com uma pequena fração de fruição, de um mérito não leviano, no desengano que não nos representa, nem vai nos testificar ao nosso enleio, e nem nos mostrar o anseio, que justifica todos os nossos meios, do afim que nos sobreveio.

Marcus, 25/07/2014.