Silêncio

Por fim estou eu, não consegui dormir o tempo recai suavemente antes que eu adormeça; embebeda-me o pensamento numa certeza irracional. Vem-me então um desejo, ainda assim simples saberdes-vos que eu senti compaixão nessa chamada alma triste descoberta pelo vento e queimada pelo fogo da paixão atormentada, que em cuja brandura descansará da lenta ânsia de amar. Corro tranquila, meus olhos iluminando o silêncio dos pelágicos da paixão libidinosa, súbita e pasmosa do meu eu, envolvida em lágrimas nas horas mortas acolhida pela noite de tremenda escuridão, nostálgica e clandestina. Que ardor, ao longo do tempo fluiu sutil e eloquente murmurando total êxtase, num verdadeiro e imaginário momento nascido das cascatas dos rastros cristalizados vertentes do corpo da ânsia de amar em silêncio. Tal como dizer que nada é nada, e que às vezes pode ser tudo e que tudo e nada e nada é pouco. Geusa Henrico

Geusahenrico
Enviado por Geusahenrico em 11/07/2014
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