Infeliz aquele que deixa o amor pela metade

Os olhos padecidos

Não querem vê, nem sentir

Que o coração desistira.

Mesmo machucado, o coração

Implanta alegria nos olhos.

Os olhos, ainda , tristes

Somam coragem, aliam-se

Despertam interesse ao coração

A irem ao encontro com o seu amor...

A agonia lhe pena danada

Rói a alma, entranha na consciência

Arrepia a pele, desavisa o olhar.

Diabólica a alma

Que não partilha

Paciência com o parceiro.

Infeliz aquele que deixa o amor

Sofrer sozinho nos carinhos pela metade

Invade o corpo e na pressa pouco se manifesta.

Não valoriza a sensibilidade

Esquece que no prazer a cumplicidade

Tem no momento encontro sublime.

O tempero desajustado

Não atiça o gosto do desejo

Nem pensa na esperança.

Desanimada, sacode a cabeça

Alimenta a saudade no sono

Inconformada, desaba, em pranto adormece.

O coração apertado se resigna

Na doce espera do amado reconquistar

O tempo perdido no amor prejudicado.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 25/05/2014
Código do texto: T4819251
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