EM NUS CORPOS

Como o sol que ardia à tarde,

Mês de dezembro, era verão...

Quando a te vires, minh’alma em alarde

Tal qual alardeava também meu coração.

Teus lindos olhos castanhos,

Nas minhas lembranças, inda reluz.

Da tua boca, uma saudade louca, sem tamanho,

Dos beijos em que todo o meu amor, eu pus!

Aventava o teu nu corpo,

Como se aventava uma flor.

Fazia dos meus braços, o teu porto...

E assim lhe dava meu ardor.

Minha paixão que transpirava a teu seio,

Como fonte de águas límpidas em uma nascente.

Teu doce gosto inebriava meu devaneio,

Era paixão! Era um amor incandescente.

A tua pele em minha pele estremecia,

E em nus corpos passeavam nossas mãos.

Em nossos lábios um sabor o qual ardia,

Como fogo a jorrar de um vulcão.

A nossa sede, matávamos na saliva

Dos nossos beijos que inda hoje me enlouquece.

Minh’alma é tua... E por ti que ela é viva,

Como tu’alma deste amor nunca se esquece.

E a nus corpos, foi plantada uma semente,

Donde nasceu a mais pura e linda flor...

Dum bálsamo, que teu corpo e o meu ainda sentem

A pura flor, qual o nome se deu... Amor!

Ronaldo Cruz
Enviado por Ronaldo Cruz em 10/05/2014
Código do texto: T4801743
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