O vento Khmer

Se o vento soprar, do mato,
Nas veredas da minha face
Prostrarei o meu olfato
Para que ele repousasse.

As poáceas nos meus sentidos
E meus olhos cerrados
Ouvirão os meus gemidos
A noite e seus legados.

E se o amanhecer me disser
Sinestesicamente
Que vermelho é o Khmer
Que luta complacente.

Abraçarei céu azul
Todo o firmamento
E soprando lá do sul
Vem, de novo, outro vento.

Marcelo Garbine (Mingau Ácido) – @mingauacido – mingauacido.com.br

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