Sombras

Débil é a névoa na noite de outono

a brisa suave esvoaça os cabelos

um olhar distante pelo abandono

lúdico momento, mar de pesadelos.

Fecham-se as portas deste teu castelo

cerram as cortinas deste palco triste

só compreende que não mais existe

nas dores eternas deste teu flagelo.

Morreu de amor, nada pôde ser feito

agonizou no leito e sobre o teu peito

aquela foto suja desbotada e feia

comida pelo tempo, pelo suor das mãos

e um pobre coração que jaz sem jeito.

Morreu de amor, uma morte abismada

como estrela que com o tempo perecia

morreu de morte, em constante agonia

um amor, uma dor, uma morte anunciada.

E nas vezes que voava sobre as aguas

e sobre estas mesmas aguas, criatura!

perturbas este céu cheio de fogo.

E eu terei de viver sem você

mais parece que é como morrer

no silencio das sombras escuras.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 05/05/2014
Reeditado em 05/05/2014
Código do texto: T4794718
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.