Ao amor
À planura branca o amor deleita-se,
Propaga-se livre e ligeiro pelo prado,
Braços abertos á espera da colheita,
A boca úmida ao beijo de um bardo.
Vez ou outra, adentra ao lumeeiro,
Deslumbra-se de desejo ao portal,
Ao fechar-se, nem mesmo candeeiro,
Visto que, troça às custas do cabal.
Buscá-lo num olhar maduro e fagueiro
Desses que viajam mar além, é sonho
Do amor mais verdadeiro - é sonho de
Poeta, mais ninguém! Sua essência
É de flores e de cardos! incertezas
no seio ele retém! Porém se é Amor
de almas, sagra-se ao amado, então,
é mais que amor, é querer bem!